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Com a licença dos conterrâneos

Recado à sra. ministra do Meio Ambiente Marina da Silva

Tentando resolver este grave problema, aproveito da minha coluna na internet para comunicar-me com minha colega de História, cara Marina da Silva e pedir-lhe que se empenhe na solução desta, para nós gaúchos, angustiante situação que agora passo a narrar.

Colega professora de História, a Reserva Ecológica do Taim, que possui 32.000 km, envolvendo os municípios de Rio Grande e de Santa Vitória do Palmar, por um decreto assinado pelo presidente da República, sr. Luís Inácio Lula da Silva, passou daquela área para a de 110.000 km, quase toda no município santa-vitoriense, cobrindo uma região da costa que em sua totalidade é a maior do mundo, desde o molhe oeste da barra do canal da laguna dos Patos, até a barragem norte do arroio Chuí, onde fica localizado, no ponto extremo do sul do litoral brasileiro.
Cara professora, em nossa profissão, mas em especial, ditando cátedra em História, somos levados a assinalar os principais fatos da nossa vida anterior e das lutas que nossa gente viu-se envolvida, desde os embates militares de um gaúcho, Plácido de Castro, aos diplomáticos, para que a terra acreana ficasse definitivamente anexada ao Brasil e nós, do extremo sulino da Pátria, vivemos trezentos anos em permanente vigília para que as terras conquistadas pelos nossos ancestrais estivessem dentro do concerto nacional verde-amarelo. É por isso que venho esperançoso pedir que se digne estudar a situação que tanto nos desagrada e que seguiremos a explicar:
Somos, como vocês do Acre, ambientalistas por natureza. Lutando os daí pela floresta densa, cheia de rios e animais e que no sonho de Chico Mendes, deverá ser preservada; nós aqui do lado rio-grandense, também imbuídos nos cuidados de nossos banhados, arroios pequenos e lagoas enormes e da quantidade de fauna que assenta na planície litorânea. É por isso que estamos sempre atentos às pugnas, para garantir o que é nosso e assim sendo, vamos fervorosamente explicar que não somos contra a defesa da ecologia, mas sim, pelo respeito à terra que nos viu nascer.
Sendo assim, queremos relatar que a Reserva Ecológica do Taim surgiu de uma desapropriação de terras que até hoje, em parte não foi paga; que está margeando a estrada BR-471, que realmente é a via do Mercosul e está em péssimo estado de conservação e que o DNIT nada fez para solucionar tão grave problema, já que é por ela que o nosso município e o Chuí ligam-se ao Brasil, sem falar, daqui para o Prata. Também queremos relatar que o posto do Ibama na reserva possui somente doze ou pouco mais de agentes para fiscalizarem uma região de banhados de difícil acesso e que se esta situação continuar, como serão feitos tais cuidados na área aumentada, que abanca uma zona de linha do mar à leste e zona alagadiça à oeste, com enorme quantidade de areia, havendo em seu meio, grandes plantações de eucaliptos e acácias para a indústria madeireira e também, campos para a criação? Se a BR-471 ficar interditada mesmo, do jeito que está agora, o acesso para o Rio Grande deverá ser feito pela costa, como foi no passado, sujeitas as viagens às condições de ventos e chuvas. Será o isolamento total!
Quisemos relatar o que está sucedendo em zona tão importante para a vida nacional. Mas, cara colega professora de História, aguardamos um estudo mais aprofundado da crise que se nos apresenta e ainda não esqueçamos que assim como a colega, que é de um estado onde se posiciona o Ponto Extremo Oeste do País, que está na Serra da Contamana, nas nascentes do rio Moa, nós aqui de Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul, possuímos o marco final do lado sul do Brasil, numa curva do manso e histórico arroio Chuí. E é também por isso que pedimos que seja feita uma reunião da comunidade prejudicada, para chegarmos a um denominador comum que satisfaça ambientalistas, pecuaristas e agricultores, que sonham com a fé de um governante popular que não se dobra a interesses internacionais.
E por fim, cara colega professora de História e destacada ministra do Meio Ambiente, desejamos que venha a esta terra, desde o tórrido e progressista estado do Acre e chegue num dia bem frio, onde o vento Minuano (pampeiro) a receba com seu pampa totalmente plano e verde, cheio de palmeiras alterosas e que se reflita num céu azul de inverno a sua tez morena de gente do norte, dando-nos a certeza de que estaremos solucionando este problema entre as partes em conflito, cada vez mais unidos para levarmos adiante os desejos de um Brasil em paz e feliz.

Do colega Homero Suaya Vasques Rodrigues.
Em 24 de junho de 2003, Santa Vitória do Palmar RS-Brasil

E.T. Sabemos que a lei 985 (Direito Ambiental) regulamenta o art.225 único, enc.1,2,3 e 7 da Constituição Federal Brasileira de 1988 que institui o sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, exclui as "DISCUSSÕES COM A COMUNIDADE". Mesmo assim, mantemos o pedido.

Mapa do município de Santa Vitória do Palmar mostrando a área aumentada da Reserva do Taim

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Homero Suaya Vasques Rodrigues
homero@planetsul.com.br