Quem somos
Coberturas
Notícias
Revista
Entrevistas
Enquetes
Arquivo
José Golgerci
Políbio Braga
Colaboradores
Zero Hora
Correio do Povo
Diário Popular
O Globo
Gazeta Esportiva
Clima Tempo
Weather Channel
UFPel
Tempo Agora
Banco do Brasil
Banrisul
Bradesco
Caixa Federal
Santander
Secretaria Fazenda RS
Receita Federal
Proc. Geral da União
TRT
TRE
INSS
Detran-RS
Consulta CEP
Lista Telefônica
 
 

Núcleos populacionais em nosso Município antes da povoação de Andréa

A povoação de Andréa (depois Santa Vitória do Palmar) foi fundada politicamente em 19 de dezembro de 1855, quando demarcada pelo General Andréa e realizada pelo estancieiro Manuel Corrêa Mirapalhete, um dos maiores proprietários da região, que desembolsou a vultuosa quantia de oito contos (alguns afirmam que fora 12) para as despesas de demarcação e construção, nas propriedades de Joaquim Gomes de

Campos, o "Escorrega" e Carvalho Porto (que ainda possuem seus herdeiros reclamos de terras conhecidas pelas propriedades de "Carvalho", que nunca foram deslindadas) de uma capela que hoje nada mais é que a nossa Matriz, virada para a lagoa, local de entrada nestas plagas. Mas observem bem as ruas não obedecendo os pontos cardeais e sim uma leve inclinação, sendo razão dessa postura o fato de que elas servissem de obstáculos aos ventos dominantes aqui.
Mas, antes dela, nesta área, já haviam sido edificados outros núcleos populacionais que não tiveram formação oficial, isto é, não existiu fundação, muito menos, organização política oficial e que, por isso, nada resta delas, a não ser relatos históricos que passaremos a contar:
1º) Quando o contrabando estava no auge nesta zona, principalmente pelo arroio São Miguel e como ponto de transbordo, o Pontal das Capinchas (ou Capivaras), no Porto do Escorrega, a fiscalização de ambos os países limítrofes começou a se desenvolver agudamente. Mas o conluio entre autoridades brasileiro-uruguaias de fiscalização fez com que o tráfego de mercadorias se tornasse intenso, sendo necessária a mudança de rota. Como Montevidéu era o pólo do comércio, as povoações de Rocha e Castilhos se destacaram nessa atividade. Inúmeras carreatas e grandes tropas começaram a desfilar pelo leste, desde o país vizinho, entrando mais ou menos onde agora é a Escola Agrícola Cristóvão Pereira de Abreu e mais acima, na conhecida chácara do dr. Amonte e se dirigindo para atravessar o arroio Tio Bento, está a ponte do Passo do Colchão. Esta travessia era tão difícil que os mercadores tiveram de estabelecer um posto de parada para que os veículos descarregassem e vice-versa; do lado de cá, para fazer a mudança em canoas ou pequenas carroças puxadas a cavalo, dando origem à uma pequena localidade de pouso e que agora nada mais existe que mostre o seu local do dito Passo;
2º) O outro local que foi também um efêmero ponto de parada teve uma origem completamente diferente, pois, se tratou de um acampamento militar do general uruguaio Rivera, que em 27 de março de 1845, acossado pelas tropas argentinas de Urquiza, homiziou-se no Brasil, mais precisamente em Santa Vitória do Palmar (não existia a povoação de Andréa) a 20Km da fronteira, para recuperar-se da derrota, refazer os seus batalhões a voltar à pátria.
Rivera acampou aqui onde está a nossa cidade para desfrutar da água em abundância. Se estabeleceu mais precisamente nas imediações das ruas Alípio Santiago Corrêa e Manoel Vicente do Amaral, às margens do riacho, que por possuir um pouso de carretas e ranchos em meio às águas, foi apelidado de "rua Veneza", cujo nome por muito tempo esteve na lembrança dos antigos moradores.
Terminada a ocupação de Urquiza no país oriental, as tropas militares voltaram para o lado de lá e muita gente deixou-se ficar por aqui, principalmente as mulheres que acompanhavam os exércitos em luta. Muitas delas, unindo-se a gente mergulhona, foram transformadas nas matronas que deram origem a muitas famílias santa-vitorienses.
Assim colocamos um pedaço dos fatos que vão lembrando momentos que fizeram a nossa história.

Ponte no local conhecido como Passo do Colchão, na estrada que vai ao Porto, cruzando o Arroio do "Tio Bento"

:: Pergunta da Semana ::

Quem foi e que profissão possuía ALCIDES ROCHA?

.: Colunas Anteriores :.
Os primeiros nomes geográficos em nossa zona
O primeiro gaúcho brasileiro teria nascido na Barra do Chuí?

Porque somos chamados de mergulhões?

Homero Suaya Vasques Rodrigues
homero@planetsul.com.br