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Coletiva do Prefeito II

Prefeito Cláudio Pereira traça cenário preocupante do que assumiu (II)

PlanetSul – 19/01/2005

A seguir, tópicos da exposição do Prefeito Cláudio Pereira durante coletiva realizada na segunda-feira, dia 17.

 

- “Assumimos dia 1º, sendo que o primeiro dia útil foi dia 3, onde assumimos com todo o secretariado e aos poucos estamos montando o 2º e 3º escalões. Na verdade já entramos com algumas demandas bastante fortes como a questão do verão (praias), a saúde e tudo que envolve o verão, como saúde, cultura e esporte. A primeira semana começamos com a organização dos jogos e com as obras públicas – limpeza das praias, colocação de iluminação pública, garantindo aos veranistas das praias (Hermenegildo, Barra e Porto) boas condições.”

“Quero fazer uma avaliação, secretaria por secretaria, como encontramos a casa e o que já fizemos:”

- Educação:
“Encontramos as creches fechadas desde o dia 17 de dezembro. Não tem funcionários. Lá está o diretor, um ou dois funcionários e sem merenda escolar. As crianças eram atendidas por CIEEs na sua grande maioria. CIEEs de primeiro grau. Em torno de 150 CIEEs trabalhavam nas creches. Crianças de 16 anos cuidando de crianças. Para nós isso é um absurdo, não traz qualidade no atendimento, não é o objetivo do CIEE que é estágio. Portanto, encontramos as creches fechadas sem condições de reabertura. Após sanados todos os problemas pretendemos reabri-las em 10 de fevereiro.
O setor de compras com os computadores totalmente deletados, não tem estoque, não tem fornecedores. Não existe na secretaria registro dos professores. Não temos uma relação do quadro de professores e funcionários das escolas. Isso demonstra o descontrole da secretaria da educação.”

- Cultura, Esporte e Turismo:
“Não possui funcionários, não tem um carro, só tem os cargos políticos. Do ponto de vista administrativo é um descalabro total. Estamos com eventos esportivos e culturais em todas as praias (Barra, Hermenegildo e Porto). O Ginásio Cardeal está abandonado, estrutura para se recuperar, quadra para arrumar, repintar. O telhado para consertar que chove por tudo. No teatro não foi encontrado o lustre maravilhoso que lá existia. Contas de água e de luz atrasados, telefone também.”

- Secretaria de Obras:

 

“É a secretaria que trabalha todos os dias o dia todo. No segundo dia já tínhamos lixo para coleta. Encontramos a secretaria praticamente parando. Os veículos e máquinas bastante depredados, bastante prejudicados. Para se ter uma idéia, temos 21 caminhões e apenas um em perfeito funcionamento. Conseguimos nestas semanas recuperá-los. As dragas, uma quebrada e a outra vazando óleo para tudo que é lado, sem condições de operação”.
Das cinco retroescavadeiras existentes, apenas uma operando. O trator de esteira quebrado, recuperamos e já está operando.
A Usina de asfalto está parada a quatro anos sem nenhuma manutenção, que poderia trazer muitos benefícios a comunidade, mesmo com convênios com o Uruguai, Daer e outros.
O Cemitério é uma questão preocupante. Já determinei a elaboração de projeto para a construção do muro para segurança do mesmo. Havia um descaso total.
Estamos contratando emergencialmente mão-de-obra para serviços de roçado e capina.
Os banheiros públicos sem a menor condição de uso, o porto abandonado, equipamentos em propriedades particulares. Bolanta na casa de um cara, rolo compactador na casa de outro. Fora equipamentos que temos noticias que sumiram e que estaremos abrindo sindicâncias para apurarmos os sumiços desses equipamentos.
A Secretaria de obras fez um grande mutirão de limpeza nas praias, iluminação, limpeza dos acessos à orla. As garis retornaram para limpeza nas praias, depois de vários anos sem atuarem nos balneários.
Já estamos atuando nas estradas do interior e recuperamos mais de 50 Km de estradas. Serviço de primeira qualidade. São Miguel, Geribatu (vindo pelo firino) já foram recuperadas. Agora estamos trabalhando na estrada de Canoa Mirim e vamos até o Arroito, dentre outros serviços e a programação de recuperação de todas as vias do interior.
O lixão está com lixo a céu aberto, completamente fora dos padrões de manejo de resíduos sólidos proposto pela FEPAM. Não tinha nem onde colocar o lixo, não tínhamos cancha. Estamos resolvendo esta questão.
Nosso aeroporto está interditado por causa do lixão.”

 

“Problemas muito grandes. Muitas filas para agendamentos. Tivemos que deslocar médicos para atendimento nas praias. As unidades de saúde estão ainda com filas. Estive no Postão outro dia, às seis e meia da manhã, conversar com as pessoas para entendermos esta situação de buscarmos a solução”.
Precisamos organizar o atendimento da saúde. Há a necessidade de informatizar, pois não há controle no atendimento aos usuários do sistema.
O salário dos médicos e baixo, baixíssimo. O profissional de saúde e muito mal pago em Santa Vitória.
Posto de Saúde como o Artelina, está lá no meio do campo, bem estruturado sem clientela para usufruir desta estrutura.
Nos Donatos o Posto de Saúde e a creche se interligam, a criança pode ter acesso a material utilizado no posto, o lixo do Posto fica de fácil acesso da creche.
Temos um alto índice de mortalidade infantil em Santa Vitória. Aí vêm a questão do pré-natal, que precisa ser implementado mais ações. Já estamos com quase 25 mortes por mil, quando no estado a mortalidade infantil é em torno de 14,5. Precisamos trazer este índice a níveis do estado.
O PSF do interior encontramos sem médicos. As equipes dos PSF da cidade com salários de dezembro não pagos. Telefones da secretaria de saúde cortados por falta de pagamento“.

- Assistência Social:

“O Bolsa Família é um cadastro antigo que ninguém visitou ninguém. Ninguém comprovou que é carente para receber o auxílio. É obrigatório até 28 de fevereiro entregar todo o cadastro de famílias carentes da cidade. Não foi feito, começará a ser feito agora.
Estamos reforçando a equipe para atender a demanda, já que a estrutura encontrada contava com apenas duas pessoas. Possui apenas um veículo e toda a demanda.
Deveria ser feito pela administração anterior um plano de ação da assistência social para ser encaminhado até hoje. Como fizeram o orçamento e não produziram o respectivo plano. Nem na transição nos comunicaram que não havia sido feito. Descobrimos depois e estamos desenvolvendo o plano agora.
Para as famílias que receberam terrenos e casas populares, não teve um critério. Não sei se o critério era do Prefeito levantar o telefone e dizer “para fulano tem para fulano não tem”, se é o do Vereador ou político da região. Temos denúncias que Vereadores tinham doado terrenos para determinadas pessoas nos loteamentos da cidade. Vamos rever isso.
O Fome Zero será a principal política social em nosso município, onde englobará todos os projetos.
A padaria escolar não tem objetivos já que não existe em nenhuma padaria qualquer pessoa que tenha aprendido a profissão naquela unidade. Quanto se gastou com isso sem nenhum objetivo pratico”.

- Agricultura:

 

“Máquinas sem funcionar. Nenhum trator funcionando na patrulha agrícola. As máquinas acabadas e sumidas. Isso mesmo, sumidas. Estamos buscando e abrindo sindicâncias. Não tem telefone, estavam cortados. Os veículos em péssimo estado”.
Abandonaram a arborização da cidade. Iremos retomar esta arborização.
No interior, as caixas d´água sem manutenção, sem dosagem de cloro, falta de higiene com acesso de pássaros na produção de água potável.
A parte de estradas rurais saiu da Agricultura e concentramos na Secretaria de Obras.”

- Administração:

“Descalabro total. Funcionários públicos abandonados e desvalorizados, sem estímulos e salários muito baixos, tendo que compensar com horas extras. Desvios de função para tudo que é lado. Defasagem salarial, com alguns funcionários ganhando R$ 170,00 de salário básico. Complementa com hora extra para não reclamar. Isso não é política de recursos humanos. Isso e uma indecência.
A desorganização do controle de veículos. Departamento de compras descentralizado, com compras idênticas e valores completamente diferentes.
Locais de trabalho em alguns setores insalubres.”

- Fazenda:

 

“Tentam passar que está tudo Ok. A situação da Prefeitura é bastante grave. Os telefones cortados, o caixa raspado e o telefone principal da Prefeitura (263-8000) estava para ser cortado, com dívida de R$ 9.800,00, tivemos que pagar.
A dívida da Prefeitura com a Caservim é de R$ 900.000,00. Vários meses de desconto dos funcionários não foi recolhido para a Caservim. Isso é apropriação indébita. Isso é crime e vamos encaminhar ao Ministério Publico.
O FAPS é o pior. O Fundo de Aposentadoria dos Servidores. Desde agosto não é recolhido um real ao Fundo. Agora precisamos da negativa para convênios e estamos correndo o risco de não obter este documento. Devem para o FAPS R$ 1.800.000,00, aproximadamente, sem a correção.
Temos denúncias que mexeram no dinheiro do FAPS no banco. Pegaram o dinheiro para cobrir despesas sem autorização da Câmara.”

- Conclusão:

“Estamos colocando a casa em ordem. Estamos garantido os serviços básicos à população e partindo na busca de recursos através de convênios.”