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O Colégio Elementar e a “Influenza” (Dengue?)

Noticia o jornal Sul do Estado, que o COLÉGIO ELEMENTAR acabando de ser fundado, inicia o ano letivo em 1918, com as aulas em andamento, mas recebendo matrículas até o dia 30 de junho do corrente ano.

Este foi o primeiro educandário criado pelo estado do Rio Grande do Sul, em nosso município e que atendendo os pedidos das elites locais, lideradas por Manuel Vicente do Amaral, novamente deputado e do intendente Egidio Borges, instalou, para mais uma conquista cultural, este que desenvolveu suas atividades, ainda hoje, noutro prédio, aliás, propício, que falaremos noutro trabalho que dedicarei com muita satisfação e orgulho.

Teve, como seu primeiro diretor, o professor jaguarense, jovem e dinâmico, José Antonio Jacques e como professoras, as sras. Marina Moncorvo Soares, Margarida Troucourt, Dora Silva Wandelina Alves Nunes e o professor Mario Costa. Além deles, eram esperados mais alguns mestres, já que a freqüência podia aumentar, conforme afirmei acima.

O quê mais chama a atenção, é que o ano de sua inauguração, talvez, localizado na rua Conde de Porto Alegre, esquina gal. Deodoro, onde hoje está a residência da família Sander, para depois, estabelecer-se no prédio muito citado aqui, na esquina da rua 13 de maio com gal. Deodoro, onde agora funciona a loja Obino e que foi motivo de demonstração em fotos, nestas páginas. Esta escola enfrentou um problema grave que afetou nossa comunidade e que foi uma epidemia, que afirmavam, surgida com a terrível la. Guerra Mundial (14-18), mas que na verdade, enfermidades viróticas, eram comuns e devastadoras e que provocavam grande mortandade, principalmente nos centros de aglomeração humana.

Provavelmente, haja vindo no navio Rio Grande, porque alguns marinheiros dessa nave, apresentaram sintomas da enfermidade, embora, pela precariedade da época, nada foi confirmado.

Aconteceu uma comoção na sociedade local e as autoridades do Brasil, a fim de resguardar a integridade da população, começavam a tomar medidas que visavam, pelo menos, abrandar tão angustiante situação. Todos os locais onde se aglomeravam pessoas, foram proibidas de funcionar, como cinema, viagens coletivas, bailes, jogos de futebol, carreiras, etc.

O Colégio Elementar, foi o instituto que mais preocupação apresentou nas autoridades locais e estas, logo se manifestaram em fechá-lo, como as demais escolas, para evitar o contágio mortal de tão terrível enfermidade.

Nessa situação, o ano letivo, foi interrompido e nesse momento, aconteceu um fato inusitado, que viveu nossa gente. Os alunos interromperam suas atividades escolares e o período de 1918, estaria prejudicado, quando, por uma resolução posta em circular em todo nosso estado, pela Secretaria de Estado de Negócios do Interior, os melhores estudantes do Elementar, estariam promovidos à séries seguintes, desde que, houvessem feito 2/3 das “sabatinas” durante o ano base já especificado e obtido, mais de 3,5 de média, nos trabalhos realizados. Solução paliativa para os mais destacados estudantes, e que foram os seguintes:

 

média

Hermínia Cardoso

3,4

Alda LEITE

3,4

João Ramis

3,7

Dalva Romariz

3,9

Manuel Guimarães

3,9

Ruy Soares Costa

4,1


Com essa situação, o Colégio Elementar, começou a sua profícua vida, divulgando a cultura e o saber, nas mãos de tão hábeis mestres, com a direção de José Antônio Jacques e numa situação inusitada, que não apresentou similar na terra.
Grande escola pública estadual que deu à nossa gente um horizonte de fé e desenvolvimento, que até hoje faz destacar, entre as mais importantes comunidades do Rio Grande do Sul.

José Antônio Jacques – 1º diretor do Colégio Elementar.

 

Pergunta da Semana: O quê era a Barra Preta, por que levava esse nome e onde se localizava?

 


Homero Suaya Vasques Rodrigues
homero@planetsul.com.br