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PROFESSORA CLAIR PINTO DE OLIVEIRA TORINO
UM EXEMPLO DE TRABALHO E DEDICAÇÃO

Nasceu num 1º de maio, e perecendo um sortilégio, desde menina foi rumando pela senda do trabalho, principalmente nas áreas da educação e das artes.
Mocinha ainda, esteve envolvida na passagem desta bonita história e viu acontecer por nossa Terra os grandes acontecimentos da metade do século XX e ainda neste momento, de uma nova era, não deixa de acompanhar o desenvolvimento da sociedade que a viu crescer.
Foi estudar cedo na cidade de Rio Grande e formando-se em professora passou a integrar os quadros do magistério do antigo Colégio Elementar que acompanhou em seu trabalho profícuo, que segue até hoje como se jovem fosse.
Estava no momento tão importante, quando essa instituição que agora faz 90 anos, ditando cátedra e mais que isso, entusiasta e esperançada, passou do prédio que hoje estão as lojas Obino, para o fulgurante local que é referência para a Educação no Extremo Sul do Brasil.
Quando a escola transformou-se Grupo Escolar Manoel Vicente do Amaral, aliás, justíssima indicação deste conterrâneo que, graças a sua influência no governo do Estado, pudemos desfrutar de uma nova casa que agora recebe a infância e Juventude que por aqui habita, a professora Clair foi mestra desde os graus menores até alcançar a máxima indicação para ser diretora, cuja atuação deixou marcas ainda não apagadas.
O desenho, a música, grande executora de piano, e os corais foram seu ponto alto onde nós, juventude de 40, podemos cantar as mais lindas marchas pátrias e as canções brasileiras verdadeiras, sem influência meléfica do exterior, diga-se, das músicas de má qualidade que agora se ouve por aqui.
Sua capacidade foi tal que na década de 60 acumulou a direção do M.V.A com o Ginásio Estadual de Santa Vitória do Palmar.
Sempre ardorosa pelas manifestações cívicas, advindo da “era getulista” e proporcionou uma grande soma de conhecimentos na meninada, hoje senhoras e senhores, que relembram com saudade os momentos de arte, canto e trabalhos de louvor ao Brasil.
A professora Clair não é somente isso, fez com que a gurizada desta terra se desenvolvesse nos palcos do Cine Theatro Independência, nos salões dos clubes Comercial, Caixeiral, Beira Mar, junto com a vibrante cantora Helena Estrela Pereira e tantos outros.
Participou por muitos anos do eclético corpo docente de recém inaugurado Ginásio de Santa Vitória do Palmar e foi destaque nas cadeiras de Desenho e depois acumulando a de Música, com a saída da mestra Anália Russomano.
Ensinou muita gente a solfejar e proporcionou o aparecimento de promessas na arte plástica da pintura, onde somos na atualidade, referencia estadual.
Trabalhou na LBA e em várias sociedades benemerentes, como a atual, de membro do Comitê da Cidadania sendo presidente mas, suas grandes paixões foram a vivência na Barra do Chuí, onde participou de todas entidades daquele balneário e ainda se comove com o soterramento das barrancas pela areia, conseqüência de um dos maiores crimes ambientais feito pela ditadura de 64.
Sua outra grande paixão é o E.C. Vitoriense e acompanhou todas as atividades inerentes às damas daquela instituição verde-negra.
Na política partidária dedicou-se a doutrina de Getulio Vargas fazendo parte do Partido Trabalhista Brasileiro, o PTB, para depois da ditadura, filiar-se no grupo liderado por Leonel Brizola, sendo até agora membro da entidade cujas idéias defende.
E por fim, a maior contribuição de Clair Pinto de Oliveira Torino foi a sua disponibilidade prova que, o professor sempre deve estar pronto para enfrentar desafios, mesmo que com retorno pecuniário miserável, estar em todos os lugares onde somos requisitados com a mesma fé e esperança, que é somente pelo ensino sólido e competente que faremos um Brasil grande.
Professora Clair veio ao mundo num 1º de maio e quando todos reverenciamos este dia é digna de manifestações de apreço e amizade sendo querida mestra um dos baluartes da formação de nossa sociedade no começo Sul da Nação.

 

Professora Clair na fotografia do álbum de formatura da turma de 1954 quando foi madrinha (foto do autor).
Grupo de professores do MVA, no início de 1940 onde esta a mesma Clair agachada na última posição da esquerda para direita, foto da professora Sulma Brandão com a colaboração do aluno Dácio Acosta em 1949 (Recopilação - Studio1)
Professora Clair com alguns ex-alunos do GSV por ocasião da festa dos 50 anos de formatura (Foto Color)
A mesma Clair desfilando pelo Colégio Estadal, junto aos ex-alunos, Terezinha, Homero, Leda e as colegas Nalde, Etiene e Darci, antigos professores. (Foto Color)

Homero Suaya Vasques Rodrigues
homero@planetsul.com.br