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A FESTA DO CENTENÁRIO
Um dos maiores acontecimentos públicos de Santa Vitória do Palmar

A Povoação de Andréa foi fundada pela clarividência de um grupo de sesmeiros dedicados à pecuária, tendo à frente o comendador Manoel Correa Mirapalhete, nestas paragens do sul.
O ato simbólico e político aconteceu na residência de Joaquim Gomes Campos, na Coxilha do Palmar de Lemos, distante da Lagoa Mirim nada mais que 5Km e a 20 da fronteira com o Uruguai.
A demarcação do povoado feita pelo Mal. Francisco José Soares de Andréa foi quando de sua estada na referida estância, depois de demarcar os nossos limites sulinos, quando de sua volta a Rio Grande para reocupar o seu posto de autoridade máxima da Província de São Pedro.
Momento contínuo, os proprietários reunidos sacramentaram a situação e nas terras de Antônio Carvalho Porto surgiu um quadrilátero formando uma praça que daria as diretrizes de nossas ruas retas e largas, orgulho nosso até hoje.
Era o dia 19 de Dezembro de 1855.
Passaram-se 100 anos e nossa comunidade limitada ao extremo sul do Brasil viveu num isolamento muito grande, mas mesmo assim, formou-se um tipo de gente, inclinada na maneira de ser, ao país oriental, tanto na vida cultural como no jeito de falar. Éramos conhecidos por Castelhanos ou Mergulhões, mas nunca deixamos de possuir o espírito varonil de brasileiros.
Nossa fonte de riqueza foi a criação de gado vacum, ovino, cavalar e de um comércio fronteiriço com as vilas Chuí e Chuy do lado de lá. Existia, também, a forte atividade do contrabando pela Lagoa Mirim, arroios Chuí e São Miguel e de uma linha seca que unia as duas nações e de muito fácil transbordo.
Em 19 de dezembro de 1955 festejamos o nosso Centenário e para tanto, durante todo ano, dentro das precariedades locais foram sendo realizadas festividades culturais, esportivas, sociais, econômicas e religiosas, para configurar tão importante passagem pela vida brasileira de uma região sulina que tantos benefícios trouxe ao concerto de nossa nacionalidade.
Politicamente, a Câmara Municipal apresentava a seguinte configuração, tendo como vereador presidente o Bel. Candido Auch Ribeiro, da UDN e os demais edis dessa sigla, Conrado Alves Guimarães, Juvenal Silveira Lima e Jacques Nocchi. Pelo PSD, Taciano Pinto Martino, no PTB Anselmo Francisco Amaral e Felicidade Cunha Valli.
Hoje, encontra-se entre nós, testemunhando a nossa vida secular, o Bacharel Anselmo Francisco Amaral, representante das letras jurídicas, grande defensor dos oprimidos das injustiças e ditadura, e mais ainda, o nosso historiador maior da atualidade e o grande poeta de emoções sentidas, principalmente pelas cousas de nossa terra e gente.
A Prefeitura Municipal de Santa Vitória do Palmar estava sob o comando dinâmico e sereno do Bacharel João de Oliveira Rodrigues que não mediu esforços para que aquele momento fosse de grandeza e júbilo e quis a sorte que juntamente com sua esposa Josefina Coutinho Rodrigues, trouxessem ao mundo o quarto filho do casal, justamente na data de comemoração do centenário da cidade.
Seu vice-prefeito foi o empreendedor comerciante Ibrhain Boabaid, árabe de nascimento, mas santa-vitoriense de coração.
Os clubes sociais como Recreio dos Veranistas, do Hermenegildo, Beira Mar, da Barra do Chuí, Liame Operário, Comercial e Caixeiral e uma representação da, então Vila do Chuí, também pontificaram na exaltação da data e a Rainha do Centenário foi a Srtª. Marisia Rodrigues Flório, filha do casal Maria R. Flório e Francisco Flório.
No entanto, o E.C Vitoriense, o decano de nossas agremiações esportivas conquistou o título de Campeão de Futebol do ano.
Na Prefeitura Municipal foi instalado um museu com peças emprestadas pelos familiares dos clãs originários da época da fundação.
O Grupo Escolar Manoel Vicente do Amaral, Ginásio Municipal Santa Vitória, escolas particulares e o Grupo Escolar Mal. Andréa deram o tom cultural durante as festividades que culminaram com um grande desfile, poli-cultural com quase todas as entidades representativas, em especial, a Associação Comercial, Cooperativa de Lãs, Sindicato Rural, Associações Atléticas (G.E.Brasil,E.C. Santa Cruz), Maçonaria, Rotary Clube, e a importante participação da Igreja Católica, simbolizando a fé na padroeira da secular povoação a mártir italiana, Santa Vitória.
Passaram-se mais de cinqüenta anos por estas terras e águas da península do Albardão. Conquistas e fracassos foram se alternando em nossa evolução, mas hoje, olhando para o passado, podemos vivenciar o nosso progresso e o papel destacado dentre as comunas rio-grandenses e a grandiosidade para qual contribuímos no momento mundial de destaque, que está o Brasil.

Anselmo Francisco Amaral representante do Grupo de edis que está entre nós. (Jornal Liberal)
Candido Auch Ribeiro, presidente da Câmara Municipal (Foto da Família)
Esquadrão Campeão de Futebol no ano do Centenário – E.C. Vitoriense
João de Oliveira Rodrigues, prefeito na ocasião (Foto da Família)
Marisia Rodrigues Flório – Rainha do Centenário

 

Homero Suaya Vasques Rodrigues
homero@planetsul.com.br