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CLUBE CAIXEIRAL DE CASA NOVA
UM MARCO NA VIDA DA SOCIEDADE SANTA-VITORIENSE

Em 1880 fundava-se em nossa cidade um clube recreativo que congregava a elite da sociedade local e que, pela situação da época, era de uma necessidade premente. Dinheiro não faltava, já que as reservas dos estancieiros de nosso município, saiam dos cofres particulares para criar benefícios das mais diversos ramos, como a Santa Casa de Misericórdia, a Sociedade Pastoril, Agrícola e Industrial, o Cine Theatro Independência, os clubes de futebol.
As entidades festivas eram as que mais chamavam a atenção do grosso da população e quatro delas ficaram para marcar a reunião dos habitantes dos longínguos lugares. Sociedade Italiana, Clube Liame Operário, Clube Comercial, os da Barra do Chuí, Hermenegildo e Maravilhas, sem esquecer da entidade fronteiriça do Chuí brasileiro, a Luz e Sombra. As dificuldades de ambientes para a reunião das pessoas, como políticos, esportivos, encontros de jovens com seus namoricos, sempre a vista dos mais velhos, fez com que essas entidades proliferassem e a maioria delas até hoje exercem o seu papel, embora, muito diferente, pois, o conforto das habitações e as mudanças de comportamento das famílias, foram criando um clima que faz desaparecer a necessidade de locais acima descritos.
O Clube Amparo e Recreio dos Artistas, fundado em 14 de julho de 1885 possuía sede própria, sala de jogos e leitura, com bibliotecas modernas e livros variados e o formidável salão de festas onde as reuniões aconteciam, mas principalmente os bailes, estes, despontando nas datas de 14 de julho, aniversário, 1º de janeiro, carnaval.
Este grupo associativo resolveu mudar o nome para Caixeiral e que, com instalações menos pomposas e anuidades baratas arregimentava principalmente os interessados que trabalhavam no comércio.
Na realidade, a distinção da classe social inicialmente destacada foi se diluindo e até há pouco tempo atrás, muitas famílias daqui faziam parte de ambas sociedades. O prédio próprio foi aquele que hoje pertence ao Jockei Clube, outro grupo esportivo muito importante no setor das rédeas e que até hoje é uma referência entre todos.
Devido ao aumento de sócios, o Caixeiral, não podendo mais funcionar naquele local, aproveitando que a Prefeitura Municipal, por motivo de reforma em seu local na Mirapalhete esquina Neyta Ramos, alugava o antigo hotel de Duque de Auch, e voltando ao cômodo de origem, proporcionou a compra do referido e passou a funcionar confortavelmente na “barão em 1951, desde a gestão do grande homem de negócios Domingos Petruzzi Filho que honra esta comunidade meridional.
O velho “Caxa” deixou de existir ao lado do Banrisul para oferecer melhores acomodações aos seus membros que não paravam de crescer.
Esta instituição mostrou durante o tempo de atividade uma característica especial, já que os moradores da zona dos Donatos, como que num clã familiar, passaram a dirigir tão importante sociedade, principalmente, os de origem italiana e por conseqüência, com o valoroso time de futebol, que foi o Grêmio Esportivo Brasil.
Grandes figuras de nosso meio se eternizaram na condução meritória como grandes administradores.
O tempo passou e como destaquei acima, os clubes de hoje não possuem o sentido de tempo antes e a partir dos anos 80, os mesmos foram definhando até chegar a situação aflitivas de dificuldade em sua manutenção e a deteriorização do tempo foi um fato marcante para que o grupo pudesse levar avante tal instituição e acabou sendo o local vendido à municipalidade que ali instalou a Secretaria de Cultura, hoje com grandes propósitos.
A sociedade Clube Caixeiral continua existindo, mas sem os seus bens físicos e comenta-se que há uma tentativa de edificá-la em outro ponto, criar novas instalações com finalidades que são procuradas no momento.
O Clube Caixeiral continua vivo, mesmo que somente legalmente, já que há uma diretoria estabelecida em assembléia que luta para que o mesmo não desapareça, ainda possuindo uma reserva de numerário advindo da venda do próprio da rua Barão do Rio Branco.
O passado do Caixeiral continua forte, as esperanças são muitas, mas mesmo que com finalidades diferentes, fato que está acontecendo em quase todas as partes de nosso pais e não é somente uma situação de nossa Terra.

 

Domingos Petruzzi Filho, o presidente que estava a frente da compra do antigo hotel do Duque de Auch
Prédio último do Caixeiral
Local antigo do Clube Caixeiral, hoje esq. Marechal Deodoro esq. Conde de Porto Alegre

Homero Suaya Vasques Rodrigues
homero@planetsul.com.br