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CLÓRIS BRAYER - O Eclético Músico Santa –Vitoriense
Voz e banjo encantaram por tempos a nossa sensibilidade

Esta terra sulina sempre contou com grandes músicos, cantores, bandas, orquestras e conjuntos, que fizeram o encantamento de gerações dentro o meio social que nos cerca.
Sempre existiam pessoas que com forte formação musical, orientavam a existência de grandes instrumentistas, cantores, letristas e diretores de orquestra que pontificavam dentro da órbita da arte do som e das notas.
Devido as nossas grandes dificuldades de contato com o resto do Brasil, a inclinação desses vultos artísticos era para o lado do Prata, onde o gênero em mais procurado era das canções em língua castelhana, principalmente dos tangos e mais ainda, os boleros que faziam parada lá, saídos das tórridas paragens mexicanas.
Mesmo com essa situação nunca descuidamos de interpretar a arte verde e amarelo, desde os sambas e marchas de carnaval, sambas canções, modinha e as procuradíssimas canções da boemia.
Entre vários cantores do nosso meio fomos encontrar um expoente da verve romântica que era o simpático e particular representante da vida artística santa-vitoriense e que se chamava Clóris Brayer, de raízes alemãs, mas que viveu toda a sua vida entre o trabalho de pinturas de nossas casas, sendo um dos mais requisitados para esse mister, num meio onde existiam muitos destacados artistas do pincel.
Uniu-se pelo matrimônio à família Camejo e singular destaque em nossa sociedade, principalmente porque seus representantes eram figuras de proa na sensibilidade do verso.
Primeiramente residiu no lado norte da cidade, nos arredores do caminho que levava do Campo da Aviação e depois mudou-se para o centro onde encerrou sua afanosa vida.
Fez parte de vários conjuntos de nossa cidade, como a orquestra do Darci Blotta, do Jazz Liames, comandado empresarialmente por Antônio de Oliveira o selo, no conjunto Lua Nova que tinha como companheiros os rapazes de nossa sociedade e mais se luzia quando individualmente, fazia suas apresentações cantando os ritmos já apontados, mas principalmente os da moda que as emissoras de radio e o cinema faziam a divulgação.
A voz de Clóris Brayer era potente, mas ao mesmo tempo, sonora, suave e quando inclinava-se para o lado romântico, fazia grande sucesso, por onde se apresentava.
O Banjo, instrumento não muito usado em nosso meio era o seu companheiro predileto sendo as notas emitidas de maneira forte, Clóris sabia dar-lhe o significado e a sutileza.
Sempre estava disponível para atuar, varando noites ou se deslocando para os pontos onde era necessário sua presença. Foi ardoroso componente do CTG Rodeio dos Palmares e a Radio Cultua muito amiúde, apresentava a manifestação de instrumento e canto.
Outra faceta da vida desde músico conterrâneo era a inclinação para o futebol sendo um razoável jogador, entre aqueles que se destacavam nesta década que estamos navegando, Foi no G.E. Brasil, um meia de respeito, mas o clube de coração o E.C. Vitoriense o abrigou num dos mais importantes instantes de sua vida esportiva, quando foi campeão do Centenário de Fundação de nossa cidade em 1955.
Esta foi a passagem de Clóris Brayer na vida dos Campos Palmarinos, dando exemplo de seu trabalho árduo, sua vida desportiva e mais ainda, a manifestação expontânea de canto e voz, sempre acompanhado pelo seu inseparável instrumento, o Banjo, que chegou a se transformar numa simbiose de nome, como sendo o Banjo de Clóris.
Gostava de denominar-se um eclético, quê na realidade foi, atravessando todos os modismos na arte em que era destaque, mas acima de tudo, foi como companheiro e amigo que esse moço ficou lembrado dentro da vida cotidiana daqui.
Clóris Brayer, foi artista, esportista, expoente nativista, mas acima de tudo companheiro para todas as horas, aliás, dando-lhe a condição de Eclético.

 

Liames Jazz - Conjunto de Antônio Oliveira (Selo) vendo-se o retrato com seu banjo.
Orquestra de Darci Blotta vendo-se Cloris Brayer acompanhado de seu banjo.
Conjunto Lua Nova onde Cloris Brayer, na ocasião, está empunhando um violão Requinto.
Cloris num de seus momentos de mais agrado na costa do Hermenegildo acompanhado por Garibaldi Camejo

Homero Suaya Vasques Rodrigues
homero@planetsul.com.br