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Os consórcios já existiam na 1ª década do século XX, em Santa Vitória do Palmar


Nossa cidade, no alvorecer de 1900, começava a apresentar grande evolução, mesmo com a distância e dificuldades de transporte imensas, que faziam-nos viver mais da República Oriental, do que propriamente, no Brasil.

Já possuíamos uma Sociedade Pastoril, iluminação elétrica, correios e telégrafo, escolas públicas mistas, grupos de teatro e esportivos, biblioteca pública, etc. Muitos jovens ricos iam estudar nos maiores centros do estado, do país e alguns, no exterior. Talvez o nosso isolamento agudo proporcionasse essa evolução e fizesse, como, aliás, apresentou, uma característica especial no seu condicionamento íntimo e nos transformou na sociedade diferenciada das demais, na fronteira.

Entre tantas coisas que nos chamaram atenção em nosso desenvolvimento é que, estudando os jornais da época, principalmente o REPÚBLICA de 13 de fevereiro de 1908, que tinha como característica, embora sua função fora política-partidária, a impressão em papel “cor de rosa”, que veio a identificá-lo para sempre, era a propaganda de várias formas que fazia o que seria hoje, um consórcio, pois vejamos que o fotógrafo Chico Almeida, já apresentado nesta coluna, provocava um grupo de pessoas, que pagando parceladamente os trabalhos de quadros, por ele feitos, estavam concorrendo a um sorteio no final deste compromisso. Também, a carpintaria de Francisco Cava, usava esse sistema na aquisição de móveis, a mercearia Alvariza, procedia com fazendas e roupas e, conforme a propaganda deste jornal, o CLUB DE ROUPAS FEITAS (série A) de PRATES DA CUNHA, estabelecia assim o fato: “estão abertas as inscrições deste clube de prestações com sorteios semanais. As entradas serão de 2$ 500 e dão direito a 50 prêmios e a uma esplendida “fatiota” de casemira inglesa confeccionada sob medida por hábil proffecional. Ver o mostruário de 60 padrões, os mais modernos da casa”.

Eram coisas especiais deste rincão, que tantas novidades produziu, sendo que de tudo isso, o mais importante foi o constante sentido de nacionalidade, embora as dificuldades já descritas, e o amor incontestável ao Brasil.

Propaganda do Consórcio

capa do jornal REPÚBLICA, de 13 de fevereiro de 1909.

 

Pergunta da semana: A quem se referia a expressão usada nas décadas de 20 e 30--- Sambica do banhado?

 


Homero Suaya Vasques Rodrigues
homero@planetsul.com.br