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ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DA PRAIA DAS MARAVILHAS
Um recanto encantador do Extremo Sul que ressurge

Santa Vitória do Palmar é um dos municípios brasileiros que possui uma das maiores faixas litorâneas, com 142 Km, desde o farol do Sarita, ao norte e na foz do arroio Chuí, ao Sul.
É sem dúvida, o maior litoral municipal do mundo, ininterrupto que, com suas dunas alterosas e costa chã, serviu por muitos anos de comunicação viária de nossa gente com o resto do Brasil.
Os santa-vitorienses, pelas dificuldades de acesso ao mar, tardiamente se estabeleceram junto às águas atlânticas. Primeiro a Barra do Chuí, surgiu nos fins de 1880 e logo após, o Hermenegildo. Tudo isso, graças a configuração geográfica da península do Albardão que é separada do continente pela lagoa Mangueira e de um portentoso banhado que vai até quase as barrancas do sul.
Somente na década de 40 por inspiração de Ezabelino Bermudez, possuidor de campos limítrofes ao mar, praticamente onde terminam as terras meridionais, começou a surgir um incipiante povoado que depois, desde uma lei do governo municipal, quando à frente do mesmo encontrava-se o progressista João de Oliveira Rodrigues, teve foros legais. No lado norte de um pequeno riacho construiu, primeiro, o velho Bermudez, alguns ranchos de madeira que davam à costa, tapados com “palha santa fé”, para depois, dismistificando a crença de que na areia costeira não se poderia edificar moradias de alvenaria, estabeleceu um hotel com mais um andar e que serviu de célula inicial desse local.
A grande parte dos moradores veranistas pioneiros foram pessoas ligadas à gente do fundador, para mais tarde, receber alguns de nossa cidade, vizinhos do local e outros tantos da, então, Vila do Chuí.
O progresso era questão de tempo, surgindo um clube quase no centro do balneário e muitas casas, distante há poucos Km do farol e daí chegando o resto do município.
Com o grande desenvolvimento da Barra Brasileira e agora, surgindo o da Barra Uruguaia, a situação foi se deteriorando e a Estação começou a definhar. O ônibus chamado carinhosamente de o Gostosinho, pela abertura da estrada interiorânea do Hermenegildo que passou a ligá-lo à cidade, desapareceu e foi fácil entender que este reduto não mais poderia substituir.
Agora, depois que a Vila do Chuí emancipou-se, tornando-se um fulgurante município, alguns velhos moradores, como, Volnei Ribeiro, Adão Saraiva, Daniel Gutierrez, Gilnei Aguiar, Ligia Bertelli, Marco Antonio Barbosa, Paulo José e outros, Euzébio Bermudez e o prefeito do Chuí Hamilton Silvério Lima resolveram instalar-se nos bucólicas combros cercados dos cedros quase centenários e começaram a dar um novo impulso àquela região tão encantadora.
Fundaram a Associação dos Moradores da Praia das Maravilhas, sob o comando do jovem vereador chuiense Diego Mena e estabeleceram metas eficazes para o desenvolvimento.
Aproveitando uma parte da estrada Barra-Hermenegildo, que pela cegueira de políticos passados está interrompida, começaram a criar condições de trânsito interno ligando-se à estrada estadual Barra-Chuí.
Melhores edificações foram feitas e hoje, este recanto é mais um reduto familiar e de amigos que aproveitam as paisagens e calmaria do lugar e começam a transformá-lo de humilde recanto, num progressista ponto de veraneio.
O prefeito municipal de Santa Vitória do Palmar, Cláudio Fernando Brayer Pereira, o do Chuí Hamilton Silvério Lima lutam para dotá-lo de uma infra-estrutura que garanta a ocupação definitiva da praia, sendo as principais prioridade, o cadastramento dos moradores e de suas propriedades, dando-lhes legitimidade, a melhoria da chegada no Acampamento como já foi dito, saídas para a costa e a implantação de energia elétrica pela CEEE, onde conta com os préstimos de um funcionário aposentado da autarquia, Volnei San Martin.
Com estas primeiras conquistas, o balneário das Maravilhas poderá ter, num futuro próximo um impulso de prosperidade, mas sempre alertando a esse grupo de abnegados moradores, de que tenham o máximo cuidado para não transformarem o interior do núcleo num inferno de trânsito, com sua insegurança e os ruídos irresponsáveis dos motoristas que com suas potentes caixas de sons,dotam a região de uma parafernália enloquecedoura, como acontece em toda a costa gaúcha, onde a tranqüilidade e o respeito já desapareceram, desde há muito tempo.
As casas estão se modernizando, o acesso à elas já se faz sentir. Um modesto clube social começa a aparecer para o convívio de todos, mas sobretudo, este local está se preparando para o futuro de mais um ponto de veraneio e lazer, trazendo contentamento para todos nós.
A Associação dos Moradores da Praia das Maravilhas já está servindo aos habitantes da região e com a mão firme do moço Diego Mena e de tantos freqüentadores que ali, temos certeza, de que mais um ponto de presença humana, logo se fará conhecer como riqueza de um turismo maior em nossa orla do Atlântico.

 

Hotel das Maravilhas construído na década de 40 por Ezabelino Bermudez (Foto da família Bermudez).
Diego Mena – Presidente da AMPM e a esposa Patrícia.
Maravilhas.
Folheto da AMPM vê-se o riacho onde nasceu o balneário.
Maravilhas.

Homero Suaya Vasques Rodrigues
homero@planetsul.com.br