Quem somos
Coberturas
Notícias
Revista
Entrevistas
Enquetes
Arquivo
José Golgerci
Políbio Braga
Colaboradores
Zero Hora
Correio do Povo
Diário Popular
O Globo
Gazeta Esportiva
Clima Tempo
Weather Channel
UFPel
Tempo Agora
Banco do Brasil
Banrisul
Bradesco
Caixa Federal
Santander
Secretaria Fazenda RS
Receita Federal
Proc. Geral da União
TRT
TRE
INSS
Detran-RS
Consulta CEP
Lista Telefônica
 
 

A Revolução de 1930 chega por estes lados

Quando na tarde de 3 de outubro as armas disparam na capital gaúcha, Minas Gerais e Paraíba, contagiam todo o pais, estava começando uma nova era política, social e econômica para modificar os rumos, a partir desse momento no país.
Santa Vitória do Palmar não poderia passar jamais imune a esses acontecimentos porque, por estes lados, as lutas partidárias eram muito acirradas e nossa gente se dividia entre os Borgistas, tendo a frente o grande Manuel Vicente do Amaral, que ditavam as regras de conduta em nosso meio e do outro lado, agora os Libertadores, guiados pelas figuras de Osmarino de Oliveira Terra e Amaranto Coutinho, entre outros. Eram muito difíceis aqueles tempos de mortes e servícias, entre as facções em confronto.
No entanto, a insatisfação com os rumos da Pátria principalmente com os desmandos das elites do centro, refletidas na política do “Café com Leite”, que nada mais era que, a intercalação no supremo posto do governo, ora de São Paulo e depois em Minas e a grande crise econômica e moral que assolava, em todo o planeta, que vira a descambar no conflito mundial de 29-45.
Nossa terra, graças aos recursos modernos da telegrafia e das ondas das emissoras de radio, tanto nacionais, como as dos paises do Prata, nos colocaram em permanente alerta e tomamos rapidamente a noção do conflito e quando essa revolução estava vitoriosa, nós passamos a aderí-la e formarmos a legião daqueles que achavam que uma mudança de rumos serviria a todos. Ai é que acontece um fato que era impossível, diante da rivalidade entre os grupos que se atavam de lado a lado, inclusive partindo para as vias de fato, com mortes e agreções ao patrimônio e que era comum desde muito antes dos tempos de Gumersindo Saraiva. Partidos políticos que possuíam a mesma filosofia, isto é, somente se diferenciavam na vontade de mandar, já que a cobiça pelo poder era a mesma e com tão profunda intensidade. Queriam o galhardão do domínio na sociedade em que se desenvolviam. Não era uma prática somente desta terra, mas em todos os lugares que, quando menor, pior e cujo resultados sempre trazia problemas profundos de relacionamento e malquerenças.
Qual foi o ato que chamou tanto a atenção dos analistas da história política municipal? O fato é, que estando no poder municipal o conhecido José Bernardino de Sousa Castro, do lado da situação, este logo aderiu ao fato militar e protestou solidariedade ao novo presidente Getúlio Vargas, mas também, aconteceu o mesmo em relação aos contrários na localidade.
Inimigos que pareciam irreconciliáveis, formaram fileiras na nova ordem constituida e assim, dirigiram os destinos de nossa terra, juntos, até 1938, após o golpe de 37, quando os grandes seguidores do ditador, inclusive o grupo de Borges de Mediros, tendo este a frente, se colocaram contra à esta trágica ditadura que viria terminar em 1945.
Os ventos efêmeros da paz e cordialidade entre os militantes políticos de Santa Vitória do Palmar, começaram a mudar de rumo e a História continuou fazendo com que nossa gente permanecesse dividida, como sempre foi, propugnando por suas vontades, já comentadas acima e que viriam a entravar o desenvolvimento de tão próspero rincão do Brasil.

Foto do acervo da família Coutinho Rodrigues

Getúlio Vargas com o Prefeito Conterrâneo
João de Oliveira Rodrigues na cidade de Rio Grande.


Homero Suaya Vasques Rodrigues
homero@planetsul.com.br