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Ponfílio Rodrigues Corrêa – Um Homem de Lei

Da estirpe dos Rodrigues Correa que habitaram a zona de João Gomes e Geribatu, este homem, caracterizou-se por sua valentia, honestidade e fidalguia, entre os gaúchos de nossa campanha agreste. Morador nas barrancas do arroio Chuí, onde hoje passa a estrada estadual que liga a Br-471 ao balneário do Hermenegildo e nesse local existe uma ponte que faz o cruzamento naquele curso dágua e que foi retratada por seu neto, Wilson e que era conhecida por Ponte de Ponfílio.
Casado com a Sra. Cirila Antônia da Fonseca que de uma beleza selvagem, transmitiu seus traços à sua prole e que em muitos anos na zona, era repetida a norma que, “as Ponfílhas eram sempre mulheres bonitas”.
Este homem foi sub-delegado da região e muito propugnou pela ordem e o combate ao abigeato e ainda, viu-se sempre envolvido nas pugnas partidárias, tão costumeiras por estas bandas.
No local onde construiu sua residência no referido Arroio de Ponfílio corria a lenda de que a mesma era assombrada e que mil acontecimentos criaram uma aura de medo e respeito por tão lúgubre parada, que na realidade, nada mais era do que um artifício para afastar os famosos caminhantes que, além de pedirem pousada, assustavam as crianças e colocavam em risco a segurança e o patrimônio dos habitantes. Esta informação foi confirmada por membros da família de Ponfilho Rodrigues Correa que divertiam-se com o fato, mesmo proporcionando um temor aos que passavam por ali e mais, nas noites quentes de verão, no instante em que o trânsito por tais paragens era intenso, devido as viagens para a costa do mar. O “boi-tatá”, figura lendária e aterrorizante de nosso campos, provocada pela graxa dos animais mortos transformada em fósforo se deslocava com a brisa em criando um clima de terror devido aos meios de locomoção que se usavam naqueles tempos, era um mote para criar esse ambiente fantasmagórico.
Seu Ponfílio, como muitos da zona descrita, era um assíduo veranista do Hermenegildo e possuía um rancho onde abrigava seus familiares, que eram muitos, no extremo norte da costa, “a beira de um riacho que agora é chamado de o do Pescador, por que em anos anteriores, existia um barracão que os trabalhadores do mar, com suas redes, estacionavam ali. Na realidade, este homem fazia sua residência de verão de dezembro até abril, por aquelas bandas, inclusive como figura hospitaleira, ajudava muitos viajantes da costa, oferecendo pousada, comida e no caso da fotografia que aqui vai estampada, deu socorro aos que, em automóvel, se aventuravam por tão difícil caminho, sendo que dois casais de argentinos, quando tiverem seu carro avariado, ao esperarem solução para o desperfeito, tendo, tendo a ajuda-los, dois mecânicos da localidade que foram, Paula Guerra e Pizzarro, deixaram marcado esse momento, através da fotografia e no retorno, deram-lhe, entre vários mimos, essa lembrança que aqui vai exposta e que aconteceu nos idos do ano de 1933.
Esta figura foi um marco em nossa comunidade, junto com sua companheira, da. Cirila e pelos seus feitos, ficou na memória de muitos e além disso, deixou na geografia sulina e seu nome, no passo de arroio Chuí, conhecido por Ponte do Ponfílio e lá, para as bandas de Rio Grande, onde um tímido riachinho que desemboca no mar, marcou a presença do ancião e sua gente, com o nome de Riachinho de Ponfílio e que naquela saudosa época, quando os barcos e a poluição não haviam exterminado os peixes, era um local que além de aprazível, muito piscoso.
Homens e localidades que destacaram nossa terra que agora completa, em sua cidade, seus 150 anos.

Ponfílio Rodrigues, da. Cirila, as sras. argentinas
e os filhos do casal aqui retratado.



Homero Suaya Vasques Rodrigues
homero@planetsul.com.br